terça-feira, 3 de setembro de 2013

...e caminharemos

Mara Ribeiro

O ano de 2013 será sempre especial em nossas memórias. Nele completamos cinco anos do Sessão Pipoquinha. O tempo passou voando e hoje podemos dizer que o projeto é uma realidade. Talvez os números nos indiquem a sua concretude. Desde o longínquo 2008, exibimos uma média de 60 filmes na programação fixa, seis filmes em dois ciclos e muitos outros nas atividades paralelas no fórum, na feira do livro e nas semanas comemorativas que fomos convidados a participar.

Essas obras foram assistidas pelos espectadores em diversos lugares na cidade: no auditório do Sindilojas – nossa casa oficial - , na Câmara de Vereadores, no Instituto Federal, nas Salas de aula da Unipampa, na Sala do Servidor Público de São Borja e nos outros tantos lugares que nos deram condições mínimas de conectar os equipamentos e fazer a sessão.

O desafio foi apresentar ao público uma programação que refletisse nossos interesses de pesquisas e que propiciasse entretenimento e reflexão crítica. Isto justifica a variedade de títulos – nacionais, estrangeiros; de diretores – franceses, iranianos, argentinos, norte-americanos, brasileiros; e de temas – política, gênero, comunicações, ética, etc. Para tanto, contamos com muitos que foram convidados para mediar sessões ou fizeram comentários que fomentaram o debate nas noites de Pipoquinha.

Nossa ideia sempre foi muito simples: exibir filmes e propor um debate. Não inventamos nada, muito pelo contrário, reproduzimos na nossa ação tudo aquilo que cada um aprendeu frequentando salas de cinemas, cineclubes, ciclos, eventos que nos colocaram diante de uma tela e que nos propiciaram conhecimento e encantamento.

Ao longo desse tempo não nos questionamos se os nossos objetivos - formar plateia crítica, fomentar o gosto, discutir temas, criar o hábito – foram alcançados em sua plenitude, talvez porque saibamos que todos eles são de implementação difícil e em longo prazo. Assim, estamos marcando a data, mas nos imaginando como na cena do filme Tempos Modernos, do Chaplin, em que o protagonista e sua amiga, depois de muitas aventuras, caminham juntos, lado a lado, em uma estrada sem fim. Como no filme não sabemos o vai acontecer com eles mais tarde. Sabemos apenas que seguem o caminho, modificados certamente pelas experiências vivenciadas, mas os mesmos na sua essência.

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